terça-feira, 2 de março de 2004

Carnaval

sem muito confete ou serpentina, 
nada de pierrot ou colombina. poucos blocos vistos, poucas marchinhas seguidas, 
risadas por tão pouco e pouco frevo no pé. 
encontros, desencontros, reencontros de tempos em tempos. 
novos velhos rostos, 
velhos novos corpos. 
o vento mais fraco, o eco mais alto, a sujeira por trás da multidão. 
vozes trocadas, falsetes caídos, uma poética ébria de meio de rio seco. 
uma cerveja, dois vinhos baratos, uma vodka bielorussa. 
duas doses e meia de alerquim.

ao menos, gritei que jesus era bissexual dentro de um ônibus cheio de beatas.

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