quinta-feira, 31 de julho de 2008

La Jetée, de Chris Marker (1962)

Título Original: La Jetée. Duração: 28 minutos. País / Ano: França, 1962 (segundo o imdb) Elenco: Jean Négroni (voz), Hélène Chatelain, Davos Hanich, Jacques Ledoux. Música: Trevor Duncan Fotografia: Jean Chiabaut / Chris Marker Roteiro: Chris Marker Direção:Chris Marker.


PARTE 01




PARTE 02




PARTE 03


terça-feira, 29 de julho de 2008

Jean Pierre Léaud (1958 / 1959)

Não podemos dizer que categoricamente os dois vídeos a seguir se tratam de curtas, pensados como curtas ou com créditos finais de curtas, mas bem que hoje poderiam se encaixar nesse formato tamanho interesse que despertam e tamanha carga afetiva que carregam. Ou que, pelo menos, despertam e carregam em mim. O primeiro mostra os testes de câmera dos apreensivos jovens Jean-Pierre Léaud, Patrick Auffay e Richard Kanayan para o filme Os Incompreendidos, de François Truffaut. É incrível como o alter ego buscado pelo diretor ganha rosto rapidamente no Jean-Pierre e na personalidade do próprio Jean-Pierre. Há uma conexão clara e não é preciso muito para que percebamos isso, basta uma entrevista informal e uma improvisação básica. O Kanayan também merece lá sua menção. O Segundo vídeo é uma espécie de documentário sobre a participação do jovem Léaud no Festival de Cannes de 1959, incluindo uma breve entrevista com o ator sobre Os Incompreendidos e as consequências do filme em sua vida. Gosto muito. Os meus comentários ficam pra depois se é que depois vou ter algum tempo. Por ora, só queria que um movimento simples não se perdesse: em dado momento da entrevista, Léaud passa singelamente a mão sobre a orelha, repetindo sem perceber o gesto que se consolidou como um dos tiques principais do personagem que interpreta, Antoine Doinel, durante toda sua saga.


VÍDEO 01 -
Jean-Pierre Léaud, Patrick Auffay e Richard Kanayan (16 mm / testes de câmera)




VÍDEO 02 -
Jean-Pierre Léaud no festival de Cannes (1959)


Charlotte e seu Jules, de Jean-Luc Godard (1960)

Título Original: Charlotte et son Jules. Duração: 13 minutos. País / Ano: França, filmado em 1958, lançado em 1960 (segundo o imdb) Elenco: Jean-Paul Belmondo, Anne Collette, Jean-Luc Godard (Voz) e Gérard Blain. Música: Pierre Monsigny Fotografia: Michel Latouche Roteiro: Jean-Luc Godard Direção: Jean-Luc Godard.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Godard / Truffaut

Com a gravata desamarrada, afim de fumar um cigarro e com a maior vontade de tirar água do joelho, Godard filma a última cena de Acossado no meio de uma multidão de curiosos. Digo logo que nessa época era diferente e ninguém aí assinou termo algum de autorização de imagem. Agora notem só o naipe da câmera portátil, a expressão de enterro dos anônimos e percebam que o Jean-Paul Belmondo - deitado no chão - estava dando língua pra todo mundo. (Paris, 1959 - créditos da imagem)

Jean-Pierre Léaud com quase 15 anos, entediado, numa mesa de gente velha e mulheres sem charme. Nessa ocasião, ele tomou seu primeiro porre e se questionou várias vezes se fizera a escolha certa ao participar de Os incompreendidos. Sequer imaginava o quão seu personagem, Antoine Doinel, ainda iria lhe render. Enquanto isso, Truffaut, com a maior cara de Roman Polanski e totalmente esquecido da existência do garoto, alarga seus contatos, brinca de seduzir o Jean Cocteau e até se oferece para produzir seu próximo filme. Terminou dando certo: François ganhou o prêmio de direção naquele ano (Festival de Cannes, 1959 - créditos da imagem)

Os Pivetes, de François Truffaut (1957)

Título Original: Les Mistons. Duração: 18 minutos. País / Ano: França, 1957 (segundo o imdb) Elenco: Gérard Blain, Bernadette Lafont e Michel François. Música: Maurice Leroux Fotografia: Jean Malige Roteiro: Maurice Pons / François Truffaut Direção: François Truffaut.


PARTE 01




PARTE 02


Charlotte e Véronique, ou Todos os rapazes se chamam Patrick, de Jean-Luc Godard (1959)

Título Original: Charlotte et Véronique, ou Tous les garçons s'appellent Patrick. Duração: 21 minutos. País / Ano: França, 1959 (segundo o imdb) Elenco: Jean-Claude Brialy, Anne Collette e Nicole Berger. Fotografia: Michel Latouche Roteiro: Eric Rohmer Direção: Jean-Luc Godard.


domingo, 27 de julho de 2008

Atenção

É o seguinte: por conta da demanda de minha persona número 2, ou seja, de minha vida dita séria, acadêmica, financeira, itaú, blábláblá, blábláblá, blábláblá, estou precisando passar menos tempo escrevendo por aqui e ficarei ausente ou semi-ausente da persona número 1 até o final de agosto. Entretanto, como estou putamente viciado nessa história de blog, de falar besteira, de falar sério, de escrever como quero, não vou deixar de colocar postagens novas e, por isso, resolvi disponibilizar diariamente alguns curtas-metragens catados no youtube ou no ubu ou em outro lugar qualquer. Muitos dos quais sequer morro de amores, mas pelo fator reunião de material em um só lugar, acho que vale a pena. É isso aí. Até a volta então.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pêlos do Nariz

Hoje acordei assim: cabelo bagunçado, barba de bode, unhas por fazer.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Experimento 248

Quando minha gata era bem nova, mas bem nova mesmo, quase não tinha pêlos em volta do olho, só cagava no lugar errado e era pouco maior que uma carteira de cigarro. Dado alguns dias, fiquei angustiado por ela ter perdido o contato com suas irmãs-gatas, irmãos-gatos, mãe-gata e por, a partir dali, só ter referências humanas e estranhas. Tipo eu, Juliana e Gabriela. Tudo bem que ela se apaixonou por mim, me escolheu como primeiro dono e vivemos uma grande história de amor, mas esses detalhes de nossa relação não vem ao caso agora. Dolores continuava uma gata com exclusivas referências humanas. Dormia por cima de Truffaut, adorava a trilha de Midnight Cowboys, passava a tarde assistindo A Vida Como Ela É e, quando alguém dava bobeira, corria para morder o vinil do Cartola e do Ave Sangria. Revezando um e outro dependendo do humor. Pensei em levá-la para visitar o gato Nino, ou o gato Valentino, ou mesmo o novo gato Mel Azul, mas a coitada era tão novinha que precisava se acostumar ao novo lar e só a viagem poderia deixá-la ainda mais insegura e desorientada (esses foram os melhores eufemismos para evitar o 'puta-da-vida'). Cheguei ao ponto de até pensar em deixá-la por uma noite e um dia na casa de dona Zefinha, uma vizinha idosa e excêntrica que cria mais de 15 gatos, mas fiquei com medo de Dolores voltar com alguma DST trash e de qualquer forma não sou muito a favor da pedofilia entre gatos. Então, na falta de opção tive a grande idéia para saciar seus instintos sociais felinos com toda segurança possível: na segunda semana de nossa convivência, coloquei a danada ao lado do teclado e abri mil vídeos de felinos no youtube. Miado alto, briga de gato, gata no cio, zoofilia, a porra a quatro de gato. Ok, a parte da zoofilia é mentira e o experimento não deu lá muito certo. Pequena demais, Dolores levou mais sustos do que demonstrou interesse, tentou até se pular de uma altura que não conseguia, mas ao menos cumpriu muito bem seu papel de cobaia e não atacou o cientista-dono-amor dela. O que já é alguma coisa levando em conta as várias marcas de arranhão e mordida que venho acumulando em meus braços. Um a mais ou um a menos faz toda diferença nesse caso.

Depois de dois ou três meses, a ex-gata preta, agora lindamente cinza, está do tamanho de um maço de Hollywood, se tornou uma caçadora exemplar, só bebe água das plantas e não caga mais fora de sua caixinha de areia. Hoje tivemos o experimento número 248. Eu estava sozinho em casa, curtindo o hábito felino da preguiça, jogado na cama, quase dormindo. Dolores resolveu me aperrear sexualmente - o que é de praxe - e mordiscou a ponta do meu dedão do pé. Odeio muito e ela sabe disso. Pior que não adianta expulsar, gritar, pular, porque se a maldita gata quiser voltar e fazer tudo de novo, ela vai voltar e fazer de novo. Foi então que, por falta de opção, tive a grande idéia: gravei minha voz no celular por uns 4 minutos, falando sobre crítica e filmes-adaptação, liguei o viva voz no mais alto possível, coloquei perto da gata e voltei a dormir. Dolores ficou louca. Pra começar fez um barulho que eu nunca tinha escutado: o barulho de briga. O miado é lindo, o ronronar é lindo, mas o barulho de briga é tudo o que eu queria desde que ela chegou aqui em casa. É inspirador. Posso até jogar a peste no mundo depois disso, desde que ela não vá se embrenhar na casa de dona Zefinha. Por sinal, eu já tinha tentado colocá-la pra brigar antes, com o secador de cabelo de Juliana, mas rolou tanto medo por parte de Dolores que não deu certo. Definitivamente minha gata não é um animal tecnológico: odeia monitor, odeia televisão, odeia fone de ouvido e adora fios. Fiquei tão interessado pelo 'grrrrr' ou seria 'tsssss' que perdi o sono e me mantive observando-a até acabarem os quatro minutos. Dolores olhava pra mim, atacava o celular e recuava. Voltava correndo, olhava pra mim, atacava o telefone de novo, recuava e assim ficou até o silêncio. Como gosto de levar meus experimentos até as últimas consequências, coloquei o celular versão viva voz na sala, perto do espaço onde Dolores tinha decidido ser seu cantinho e fiquei espiando da cozinha pra ver como a gata agia sem a minha presença. A danada estranhou um pouco, mas não demorou muito até perder o interesse e perceber que tudo não passava de um tolo experimento. O 248 se fôssemos seguir os numerais a risca. Blasé e mantendo semicerrados seus olhos grandes e verdes, deu na cara que estava me vendo desde o início ridiculamente escondido na cozinha e saiu andando com todo charme de um bom felino feroz. Deitou-se no exato lugar onde eu tentava dormir anteriormente, fez cara de boba, caiu num bocejo longo, longuíssimo e se espreguiçou como se quebrasse cada um de seus ossos. Fiquei boquiaberto com toda situação: a cientista lambia as patas, afiava as unhas no colchão, dominava a cena, enquanto o cobaia assumia a estupidez e pouco a pouco ia saindo de quadro.

Mais Você

Nunca pensei que um dia iria entrar nesses sites de receita de nomes super engraçados, mas desde que estou morando sozinho, essa tem sido uma saída precisa para não cair na dieta do miojo e da água. Nesse meio tempo até aprendi o que significa 'untar a vasilha', aprendi também a fazer purê de jerimum e até já sei fechar a panela de pressão. Sempre em pânico achando que ela vai explodir a qualquer momento, mas tudo bem. Todos sabem que isso é bem normal no começo. Ontem fiz soja e há quase um mês, meu primeiro feijão. Gostei do resultado. Sério mesmo. Por sinal, o feijão tá caro e a charque também - escutei duas donas-de-casa comentando isso no supermercado.

Só tem uma coisa: quando escrevem lá na receita 1kg de batata ou 1kg de qualquer outra coisa que não vem em embalagem marcadinha dizendo 1kg, como é que eu faço pra descobrir o peso certo se não tenho uma balança na cozinha? Sinto que essa parte sempre fica subtendida, só que eu particularmente não entendo. Terminei segurando numa mão as batatas e na outra um saco de feijão, aumentando e diminuindo a quantidade de batatas e fazendo do meu próprio corpo e de minha noção, balança. Daí vocês tiram. Não sei se foi por causa da mentira que a receita ficou mais ou menos ou se perdi o tempo ideal ou se fiz besteira na hora de misturar o leite com o creme de leite, mas é justamente nessas horas que eu meu sinto muito Neville Longbottom. Odeio a aula de poções.

Olheiras

Hoje acordei assim: sem tempo, sem dinheiro, sem amor.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Juventude


Rodrigo, Julya, João, Júnior e o 'H' nosso de cada dia.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

The Dark Knight




Fazia tempo que um blockbuster não vinha com tantos cartazes legais.

1, 2, 3

1.

Desde muito jovem tomei a decisão de não ter filhos. Não por uma aversão simples a crianças, nem para controlar a natalidade do país, mas pelo simples fato de meus irmãos serem coelhos e se multiplicarem antes que eu pudesse ter alguma chance. Só para vocês terem uma idéia, aos quinze eu já tinha 3 sobrinhas e um sobrinho. Dadas as circunstâncias, meu espírito paterno foi dizimado justamente por ter sido posto em prática antes da hora, alavancado pela precocidade da minha irmã e pela diferença absurda entre nossas idades. Puta merda, aos quinze eu já era tio quatro vezes. Minha sobrinha mais velha era como uma irmã mais nova e o seu pai sempre foi uma figura muito presente, mas a do meio e, em especial, a mais nova eram claramente minhas filhas e filhas do meu pai. Levando em conta que o pai de ambas passou vários anos na prisão, eu e meu velho tivemos de ser tios, pais, avós, referência masculina, tudo ao mesmo tempo agora. Infelizmente, por outro lado, mantive pouco contato com o meu primeiro sobrinho, filho do meu irmão e do carnaval de Olinda. O mais novo da trupe, Rodrigo em minha homenagem, é uma graça. Fala, fala, fala, fala, fala e quando se cala, dorme. Semana passada, levei todos para assistir Wall-E no cinema. Foi uma farra.


2.

Poderia continuar fofinho até o fim do texto, mas agora vem a parte punk da história. Digo logo que é bem destoante da primeira. Há vários anos, toda vez que pensava na possibilidade de perder as pernas ou de ficar cego, seja por acidente, seja por derrame, seja por um tiro, naturalmente me vinha a decisão que preferiria morrer. Assim mesmo, pei-buft. Era algo muito certo para mim. Em caso de incêndio, chamem os bombeiros; em caso de acidente, me deixem morrer. Lembro até de um sonho antigo e recorrente em que eu acordava numa cama de hospital (e era o Hospital das Clínicas, por sinal) sem movimento até o pescoço e na primeira visita do meu melhor amigo, eu pedia para ele me levar para o último andar de um prédio e me jogar de lá. Como um bom amigo, ele o fazia sem pestanejar. Estranho que não acordava desse sonho como se estivesse no pior dos pesadelos, sequer tinha o espasmo comum a quedas e tropeços, mas sim como se o devaneio seguisse a naturalidade que eu impunha, obviamente em pensamento, para minha própria vida. Então, aconteceu que semana passada perdi o movimento das pernas e fiquei cego. Rá, mentira. Semana passada, por algum motivo, Gabriela tocou no assunto e me questionou o que eu faria se acontecesse o pior. Novamente defendi que se perdesse minhas pernas ou ficasse cego, preferiria morrer e ponto. 'Quem sabe na próxima vida', pensei. Ela ficou chocada com a resposta e infelizmente tenho de dizer que mudei de opinião.


3.

Comecei esse post porque saí de O Escafandro e a Borboleta (2007), de Julian Schnabel apaixonado pelo Jean-Do (e pelo Mathieu Almaric), decidido a ter um filho - não agora - e me achando estúpido por ter sido, por tanto tempo, superficial diante de uma situação tão delicada. É incrível como podemos ser tão estúpidos num dia e sacar toda estupidez na manhã seguinte. Pois é, nos restava além do olho, a imaginação e a memória. Johnny Vai à Guerra (1971) não me ajudou tanto nesse sentido: o tato como única/última percepção e as lembranças da personagem título só me trouxeram uma angústia sem fim, uma vontade de morte, e não vou buscar similaridades entre ambas as obras apesar da tentação fácil de fazê-lo. A experiência do Dalton Trumbo (também roteirista de Spartacus) me foi destrutiva, muito destrutiva, daquelas que corroem internamente durante a projeção e que permanece por um bom tempo depois (algo que Lars Von Trier sempre tenta), enquanto a do Schnabel me inundou de uma alegria despreocupada pela vida. Acho que as reações são opostas. Pois é, o Escafandro e a Borboleta é um filme triste, mas que me fez um bem danado: estava sozinho e chorei seis vezes. Uma delas só pela aparição do Max von Sydow (que você deve lembrar dos filmes do Bergman). Poderia até dizer que achei a obra imperfeita, com cenas simples e profundas seguidas de alegorias redundantes ou mesmo poderia criticar o excesso de tiques-movimentos-de-câmera-plongé-contra-plongé, mas dentro de uma experiência intensa a ponto de soluçar e ficar com os mesmos olhos embaçados do personagem pós-coma, os detalhes técnicos são o que menos importa. Ainda bem que, diferente da primeira cena, o final do filme se encaixa num desses detalhes que continuam detalhes e não trazem afeto. Deu até tempo de me recompor e sair com a velha cara blasé de sempre.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

cruzada.de.branco



Cruzada de branco. Uma partida de dominó e contas desesperadas. Vídeo assumidamente precário, fundado numa tosqueira produtiva e inspirado na idéia de Sofia de que podemos realizar uma micro-produção por dia. Seja qual for o resultado. Nem preciso dizer, mas vou dizer mesmo assim, que o custo total foi zero, nada foi ensaiado, a câmera era emprestada e a edição foi feita no Windows Movie Maker. O melhor são os vídeos relacionados que surgem ao fim: tem pastor Silas Malafaia, Cruzada dos Milagres em Natal e o trailer de Indiana Jones e a Última Cruzada.

domingo, 13 de julho de 2008

Curto & Grosso

José Teles é um boêmio vespertino dos bons e não só pelo bar, e sempre penso no 'frontal', ser o cenário perfeito da maioria de suas crônicas, mas principalmente pelo jornalista imprimir, re-imprimir e re-inventar semanalmente um tom irônico-etílico-despojado como poucos. Suas palavras sempre oscilam acima do nível de álcool permitido, nunca apelam para um bom mocismo social-religioso e sempre nascem encorpadas de uma experiência pessoal profunda, o que o destoa completamente das notícias-matérias-sei-lá-o-que, digamos, 'anônimas'. José Teles é parte reconhecível de seu próprio texto, 'minha senhora'. Ele se garante: enquanto séries e séries de reportagem do mesmo Jornal do Commercio legitimam, reforçam, referendam a proibiçãodo fumo ou mesmo a recente e exagerada lei seca, o jornalista baixinho de óculos está lá, sozinho, se colocando do lado da fumaça soprada e pelo direito de beber. Eu assino embaixo.

Leio a coluna do José Teles todos os domingos de manhã. Com ou sem ressaca.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Sexta Feira, 9:30, filme-surpresa

(Diário de Pernambuco, Quinta-feira, 1 de julho de 1954)

CAC, PPGCOM, UFPE

terça-feira, 8 de julho de 2008

Inocência

Achei de uma falta de consciência enorme, de uma repetição discursiva mecânica, quando na semana passada, o caderno de informática do Jornal do Commercio veiculou uma matéria intitulada "Pirataria será discutida dentro de sala de aula" e carimbou o projeto "Escola Legal" como uma iniciativa 'legal' a ser adotada pelo maior número possível de escolas. Só duas daqui tinham aderido. Pra começar, não se enganem com o nome bonitinho (e bem ordinário), pois não passa de uma estratégia cretina de, e irei responder mais tarde por esse tom dramático, conquistar mentes e corações infantis. Apesar da manchete, não se trata de discussão com opiniões divergentes, não se trata mesmo de uma reflexão sobre a questão social que envolve a pirataria e da importância de uma circulação intermediária não-hegemônica em países pobres como o Brasil. Trata-se de uma política barata em escala nacional da 'inocente' Amcham - Câmera de Comércio Americana - para garantir seus interesses comerciais por aqui, por ali na distribuidora, por lá nas grades do cinema. Pior que quando li a matéria deu vontade de ir a cada colégio e apresentar uma contra-argumentação - com risco de vaias e tomates, e inclusive destacando que existem piratarias (DVDs, CDs, patentes...) e piratarias (remédios de farinha, brinquedos perigosos e afins). Há uma diferença notável que o povo precisa assumir e ponto. Só acho que a matéria não tem essa mínima preocupação e funciona como uma espécie de propaganda (in)consciente da manutenção do vínculo dominante e dominado que se arrasta durante séculos. Mais uma ferramenta de propagação ideológica que um estímulo à reflexão social. E não estou me assegurando numa culpa burguesa, nem querendo fundar uma ONG ou nos taxando de coitadinhos da história, apenas estou de saco cheio de ler que a polícia federal apreendeu material aqui, que não sei quantos DVDs piratas foram destruídos ali ou que a pirataria é o grande mal da cultura contemporânea. Na matéria ainda falam em um instituto contra a concorrência desleal, o que me parece sinceramente uma piada. Desleal me parece outra coisa. E não estou falando apenas da escravidão, da invasão, da tortura, do fuzilamento ou de todas essas violências que explodem em nossa cara, mas da sutil forma como alguns se afirmam na pele do herói e apontam diretamente para vários os vilões. Segue na íntegra a matéria assinada por Manuella Antunes:

"O Projeto Escola Legal, da Câmara de Comércio Americana (Amcham), chegou a Pernambuco. A iniciativa pretende combater a pirataria entre os alunos de escolas privadas e públicas da Região Metropolitana do Recife a partir do segundo semestre letivo de 2008.

O projeto concentra os esforços na capacitação dos professores sobre o tema da pirataria. A partir daí, os conhecimentos chegam à sala de aula e são difundidos entre os alunos. A capacitação é feita pelo Instituto de Combate a Fraude e Concorrência Desleal (ICDE), de Porto Alegre, durante três encontros ao longo do ano. “O primeiro momento será um fórum de educadores, no qual os profissionais participarão de palestras ministradas por especialistas ligados ao Centro Nacional de Combate à Pirataria”, explica a coordenadora de projetos e serviços da Amcham, Renata Collier. Depois disso, ainda haverá mais dois encontros: um de reciclagem dos professores, e o outro de conclusão do programa.

O Escola Legal já conta com a adesão de duas instituições de ensino: os colégios Motivo, no Recife, e Polichinelo, em Jaboatão. “O objetivo, nesse primeiro ano, é trabalharmos com cinco escolas, mas ainda estamos aguardando o retorno das outras parcerias”, explicou Renata. O projeto contará com cerca de 100 professores envolvidos e deverá atingir 1.500 alunos do ensino fundamental com idade entre 10 e 12. “Queremos mostrar para as crianças quais os malefícios que os produtos piratas podem causar”, acrescentou Renata.

Lançado em 2007, em São Paulo, o projeto teve a participação de cinco escolas, 1,4 mil alunos, 588 pais e 94 professores. Um ano depois, na mesma cidade, o Escola Legal apresenta o crescimento de quatro vezes o número inicial, atingindo 20 escolas.

A chegada do projeto ao Recife faz parte da ampliação do programa para outras 10 capitais que apresentam alto índice de compra de produtos falsificados, segundo mapeamento feito em 2007 pela Amcham. No caso da capital pernambucana, constatou-se que quase 90% dos habitantes adquirem artigos piratas, enquanto em outras cidades a média é de 74%.

O mesmo estudo verificou, também, que a pirataria movimenta R$ 352,2 milhões por ano. Esse dado comprova a estimativa de que a cada três DVDs vendidos no Recife, um não é original. O resultado disso é que Pernambuco deixa de arrecadar R$ 140 milhões em tributos por ano".

Só foi elogiar...

Saí de Caruaru com duas malas, peguei um ônibus pra rodoviária de lá, peguei um ônibus pro TIP daqui, peguei o metrô até o Coque, peguei um ônibus até o Derby, peguei um trânsito na Agamenon, peguei uma fila na Fundaj e finalmente quando sentei minha bunda magra pra ver A Chinesa, nem deu uma hora de projeção, o filme deu pau e a sessão foi cancelada.

Eu sou uma boca de praga dos infernos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cinema da Fundação

Eu tinha escrito isso de manhã...

Quebrando um pouco o modus operandi de iniciar posts falando mal de qualquer coisa, e inventando raivas efêmeras de dois a três minutos, resolvi escrever algumas palavras 'rasga seda, joga confetes e se esconde' só pra dizer que o Cinema da Fundação é fera. Pode parecer clichê, rodrigo-babando-o-ovo, elogio desmedido e mesmo cegueira para possíveis deslizes técnicos ou curatoriais, mas fico imaginando, primeiramente bem egoísta, como a lista de downloads teria de ser imensamente mais ampla, como a internet teria de ser imensamente mais rápida e como o prazer de alguns filmes seria imensamente menor, ou sequer seria, se aquela salinha discreta de 196 lugares não existisse. Só semana passada, durante a mostra comemorativa de 10 anos, assisti por lá em 35mm, entre outros relevantes como Os Vivos e os Mortos e Ondas do Destino, obras que me comoveram profundamente como Casablanca, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, o excepcional Faces, de John Cassavetes e o também excepcional Muro, curta-metragem do pernambucano Tião. Pode parecer pouco ou desinteressante à primeira vista, mas eu sinceramente só tenho a agradecer. Obrigado Kleber, obrigado Luiz, obrigado rapaz do projetor. Não nos conhecemos, não nos acenamos, mas a co-presença no mesmo local uma centena de vezes já foi sem dúvida percebida. Há sempre um rosto anônimo e amigo rumo a bilheteria. Não podemos dizer que o Cinema da Fundação é uma sala qualquer, seria no mínimo uma injustiça colocá-lo junto aos Shoopings X ou Y e todas as pessoas da cidade que, por um motivo ou outro, colocam a experiência cinematográfica antes - antes da etílica, antes da teatral, da musical, do concurso público, antes de cursar direito, antes, antes, antes - tendem a se sentir acolhidos naquela escura Rua Henrique Dias ao lado do rio. Vale sempre lembrar que algumas dessas pessoas - e acho bela essa idéia - possuem até lugares marcados em suas cabeças, para além das risadas histéricas, dos comentários finos, dos elogios constrangedores ou das perguntas indiscretas. Há sempre um rosto anônimo e amigo saindo de uma sessão. Tenho de admitir que nunca gostei muito das filas, do aperto no corredor estreito, do café fechado e menos ainda do clima colunismo socialcult pré-filme, inclusive já escutei diversas vezes esses argumentos como justificativa de um afastamento, apesar do interesse na programação. Uma pena. Hoje eu pouco me importo. Estou ali pelos filmes e ponto. Todo resto é secundário.

Pelas minhas contas são 9 anos desde que apareci pela primeira vez na Fundaj em 1999, quase que por acaso, aos 14 anos, numa quinta-feira sem grandes lembranças. Uma amiga tinha ganho o passaporte e me convidou. Fui re-assistir o episódio 1 de Star Wars e o iraniano Filhos do Paraíso e depois comecei a frequentar com certa assiduidade, tendo o álibi de estudar no Derby e ter sempre a desculpa do cinema pra realmente ir ao cinema e pra sair na farra adolescente noite afora. Nesse meio tempo até já fui barrado quando tinha lá meus 16/17 anos e cheguei todo empolgado pra assistir E sua mãe também, que, se bem me lembro, tinha a restrição para maiores de 18. Fiquei puto, me passando na entrada, enquanto todo mundo dava o bilhete e entrava. Estava totalmente inconformado, meio que sendo durão pra não chorar. Adolescência é uma beleza. Cheguei ao ponto de exigir a gerência, mas não adiantou de muita coisa. Eu saí de lá me sentindo um bosta, com uma mão na frente e outra atrás. Queria porque queria sentar naquela velha cadeira de madeira, ficar algum tempo observando através da tela, me emocionar se fosse o caso e o impedimento dessa vontade, me deixou sem forças. Ok, tive outras oportunidades, mas esse acontecido deixou claro como estava distante do teatro que se perde e se vai ao concerto ou do concerto que se perde e se vai ao teatro. O vazio de não assistir o filme nada, nada mesmo podia substituir e até hoje, pois é, até hoje continuo exatamente assim. O Cinema da Fundação é um abrigo antibomba numa cidade devastada. Tudo bem que eventualmente o filme dá pau, não chega a tempo, vem com uma qualidade péssima, mas sempre podemos reconsiderar pela logística que temos em mãos. Engraçado que depois da megareforma, o espaço ficou inquestionavelmente mais confortável - alguns problemas técnicos foram amenizados e outros continuaram - entretanto, como sou uma capa de nostalgia coberta de pele, sinto uma saudade enorme dos rangidos e do desconforto do antigo espaço. Dependendo da produção exibida, rolava uma verdadeira orquestra de ruídos. Óbvio que na época eu reclamava, mas sempre ficava pensando que dava pra perceber a reação dos espectadores pelo som de suas cadeiras. Imaginem só como foi em Irreversível. A reforma devia ter deixado pelo menos uma fileira antiga, de preferência a primeira, só para imbuir o cinema da lembrança de como tudo era antes. Quem chegasse por último ia se fuder.

Pensando nisso, não é mistério para ninguém que o hábito tende a trazer o esquecimento. Quando qualquer artefato é novidade, se pensa nas consequências boas e ruins introduzidas, mas depois que o artefato é assimilado ao extremo, como se nunca tivesse existido uma época sem sua presença, a reflexão desaparece. Inventa-se o telefone e esquecemos como era antes ou sequer pensamos como seria aqui agora sem ele. Coloca-se a catraca do ônibus na frente e achamos estranho numa cidade do interior onde ainda se entra por trás. No meu caso (e tentando relacionar isso com o texto) nem posso dizer como a cidade era antes do Cinema da Fundação, mas certamente, e agora sendo menos egoísta e pensando numa realidade mais ampla, pensando em Recife, donde a diferença percentual de salas multiplexes diante de salas alternativas de exibição é na linha dos 20 pra 1, acredito que uma iniciativa e mesmo uma resistência como a da sala em questão e sob a curadoria dos jornalistas já citados é no mínimo louvável. Ambos projetam isso na tela e re-afirmam suas posturas quase que diariamente em seus escritos. Seu Zé pode dizer que é balela ambos escreverem sobre os filmes que programam, afinal 'sempre' - e também acho esse 'sempre' questionável - vão escrever bem dessas escolhas ou o outro rapazola ali, daquela revista Z, pode dizer que a instituição Joaquim Nabuco é uma forma de estruturar uma elite cultural intramuros. Essa preocupação sobre uma tal elite cultural, do domínio dos incentivos, da cordialidade entre cargos e coisas do tipo, às vezes parece discurso de quem está de fora e quer entrar. Todos querem e nem todos da mesma maneira. Acho um debate legítimo, apesar do perceptível recalque. Quanto a curadoria, podemos e devemos discordar, ninguém obriga ninguém a gostar do que passa na Fundaj, Mateus mesmo não gosta de quase nada, mas também acho que esse ato não pode se servir do discordar por apenas discordar, por isso agora-nesse-exato-momento não tenho tanto o que reclamar. Sei que Mateus deve ter e com razão. Não que a salinha de 196 lugares me pareça o bastante, por mim deveriam existir cinemas da fundação em vários bairros, deveriam ainda existir os antigos cinemas de bairro, mas levando em consideração a dependência da distribuição blockbuster na cidade, qualquer sala de exibição que mantenha uma política da diversidade, do cinema poliglota, dos projetos estéticos mais estranhos, atípicos e bizarros soa como um farol aceso numa noite chuvosa e escura. Estou em Caruaru tirando dois dias de férias, bebendo absinto e poderia até voltar na terça-feira, mas irei fazê-lo já na segunda, hoje, logo depois do almoço. Pois é, não posso perder a sessão de A Chinesa, provavelmente vou direto do TIP com mala e cuia e isso me parece o mais importante a se fazer antes de qualquer outra coisa.

terça-feira, 1 de julho de 2008

[listacomunicacao] blog sobre a ufpe

cecília s.:
28 estudantes de jornalismo contando histórias da UFPE que conhecemos e que não conhecemos - e até aquelas que nem poderíamos imaginar.

descampado - o campus descoberto
http://descampado. wordpress. com

Rafael de M:
preciso dizer que isso parece uma idéia muito ruim?

André F:
Geralmente quando a gente tem tempo livre, vai procurar estágio em vez
de criar blog.

Diogo M:
Cês tão falando sério?

Abrs,
Diogo

Wagner S:
Histórias de maconha, movimento estudantil e gente estranha. Ânsia de vômito.

Mariana O:
Eu achei legal o blog do pessoal. parabéns!

André F:
Seriam eles seguidores de CliChe Guevara?

eduardo d:
Desnecessários esses ataques gratuitos dessa lista... ainda que se discorde
das pautas, precisa faltar com o respeito ao trabalho desenvolvido pelos
alunos em uma disciplina?

Rafael de M:
Eles são grandinhos e podem fazer blogs sobre o que desejarem, mas mandar isso aqui para a lista é se sujeitar aos comentários que vão surgir naturalmente.

Diogo M:
Meu irmão, velho.

O trabalho dos caras tá legal, tá valendo.

O q eu to vendo eh q tem gente se sentindo a última coca-cola do deserto só
pq sabe ler os pensamentos das abelhas africanizadas. Valeu?

Abrs,
Diogo

André F:
Ler os pensamentos das abelhas africanizadas? Gente, o que tu andas
tomando? Onde vende?

Leilane C:
acho q todos nós passamos por uma série de processos (erros acertos e
talzz).
o trabalho dos meninos, sem fazer nenhum juízo de valor aqui, é um exercício
(de apuração de entrevista, de escrita).
as críticas podem ser uma preparação/um exercício tb, mas a galerê deveria
pelo menos dar uma olhada nos textinhos antes de ficar falando mal.

Leilane:
no mais, achei válido.

FaRoFa:
galera... a federal é aquilo mermo.
o brog tá massa

Tiago M:
Desde que os comentários sejam edificantes, né? Dizer coisas como "ânsia de vômito" [foi mal, parceiro] ou insinuar que os guris são desocupados e que deveriam procurar estágio não me parecem críticas muito construtivas.

E o pessoal também tem que lembrar que eles são iniciantes, muitos nunca tiveram experiência com produção de textos. E esse blog parece ser um bom lugar pra eles treinarem.

Eu apoio a idéia do blog. E quem tiver alguma crítica que vá ajudar os guris a melhorar, tem o dever de dizer a eles.

Leilane C:
exatamente isso.
as críticas têm de ser embasadas. o argumento do estágio eu nem comento.

Wagner S:
Ah, porra, bom humor e/ou gente chata também fazem parte da UFPE. =P

PS: nem entrei no blog, diga-se de passagem.

Eugênia B:


Débora D:
abram o coração, pessoal! jesus ama vocês, deixem de chatice =)

Rafael de M:
heaiohiau, ótima essa da crítica embasada essa. A melhor até agora.

Só imagino aquela cena estilo Zorra Total: elogiar podje, criticar só podje se for utilizando os paradigmas que tio ensinou.

Mudando de assunto: Ok, respeitemos os foquinhas. Sempre falamos que é preciso treinar, mas parece que nunca conseguimos sair da esfera das 'matérias de faculdade'. Eles só foram mais a fundo e fizeram uma cadeira de jornalismo investigativo sobre matérias para faculdade (ainda bem que meu sétimo sentido me avisou para desistir a tempo).

O que vi lá foram tentativas ruins de fazer algo, aprender métodos e técnicas. O tema está ruim e muita coisa lá cai no cliCHE mesmo (a universidade só interessa para quem está dentro dela, quem está fora quer que ela exploda - afinal devemos custar mais que presidiários para o país =P). Mas sou positivo, com mais algumas tentativas nossos miguxos chegam lá.

André F:
AMEI o comentário. Assino embaixo.

André F:
Ah: e replicando o comentário de um amigo - "Não é por ser inútil,
afinal a maior parte do curso só fiz isso mesmo [coisas inúteis]. Mas
pelo menos eu não enchia a caixa de e-mails de ninguém."

eduardo d:
Talvez uma crítica acadêmica teoricamente embasada seja um pouco
demais, depende do ponto-de-vista de cada um. Mas certamente insinuar
que os alunos são desocupados é uma falta de educação e de respeito
com os coleguinhas de curso.

As críticas devem ser feitas sim no blog que os alunos abriram e com
relação ao que foi tratado ali [desde o conceito "jornalismo
investigativo" até os temas das matérias] e que pretendiam iniciar
alguma dicussão. E nunca imaginaram que outra pessoa os chamassem de
vagabundos.

P.S.: André, acho que muita gente aqui ficou curioso pelos seus
comentários. Até agora você só ofendeu e endossou comentários alheios.

André F:
Na próxima cadeira que eu pagar, abro um blog pra expor minhas
opiniões ;-)

FaRoFa:
o doido reclama da caixa de e-mail lotada, mas é o que mais responde...
unsubscribe brother!
e quem disse que a faculdade não interessa pra quem tá de fora?
e quem aqui tem moral pra tá avaliando o trabalho da galera?
eu ainda vo na filosofia da outra doida... abre o coração galera...
essa galera só curte reclamar

Sofia E:
Calma, minha gente.

Vão lá no meu videolog que tem chá pra todo mundo:

www. tvsofia. wordpress. com

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Rodrigo só para o blog:
Definitivamente alguém com muita, muita paciência e sabedoria devia pegar os arquivos de mensagem dessa Lista de Comunicação, apontar os arquétipos recorrentes (o irônico, o polêmico, o 'deixa disso', a engajada...) e analisar as discussões cíclicas e vazias de todo santo fim de período. As maiores polêmicas são as maiores piadas: um ingênuo blog sobre a ufpe, o uso do '@' na luta contra o machismo, vagas de estágio exclusivas para mulheres. Até já participei dessa lorota barata na figura do irônico, mas só para constar, faz tempo, muito tempo, talvez desde sempre que não vejo um comentário tão sem gracinha como esse do 'CliChe Guevara'. Puta merda. Achei constrangedor de tão ruim. Definivamente me falta muita paciência e muita sabedoria pra lidar com isso.

Ps.: E colei até o de Sofia só porque ela ligou pedindo uma força na divulgação.