quinta-feira, 12 de março de 2009

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"Rodrigo,

Lembra quando perguntaste sobre chorar pelo mundo inteiro e depois querer sumir? Quando olhaste pra mim naquele dia e fizeste essa pergunta, eu senti como se ouvisse meu eco. Não imaginas como me abraçaste sem braços ao dizer tais coisas, e depois afirmaste, com uma cara bem plácida, que sabias que eu entenderia. Eu me sinto em casa quando estou contigo. Posso falar coisas que eu não falaria pra quase ninguém, pois sei que ririam de mim. Pra ti eu falo de pássaros e vida e choro e solidão. E quando brigas comigo, ou me provocas ou falas como quem não quer ser carinhoso eu sei, de diversas formas, que é tudo um afago às avessas. Eu sei que a gente se ama e se entende tanto que chega a me assustar. Acho lindo quando esqueces que estás aqui e falas dos teus filhos e dos teus quarenta anos, ou quando dizes que enxergas a vida nas poesias da aula de fotografia. Queria te achar sempre que eu olhasse pro lado. E queria que meu filho Antônio fosse amigo do teu filho Ícaro, e que a gente comesse macarronada um na casa do outro alternando os domingos. Queria te ver muito feliz e escrevendo pra sempre coisas bonitas. Meu amigo, tu és o mais sensível de todos".

ai grega, que saudade. =~~

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