segunda-feira, 28 de setembro de 2009

não.

não.

não viver como o pombo que se alimenta de migalhas de pão, soltas diariamente por dedos rugosos que jamais irão acariciá-lo; dedos que continuam a mórbida jornada de alimentação para que a ave permaneça por perto, decorativa e passional, ao ponto de não sentir vontade de voar.

não.

não viver como o coelho que se sente na obrigação de ajudar o caçador ferido e que logo se culpa por não ser capaz de trazer um peixe, como fez o urso, ou de trazer um tatu, como fez a raposa, se lançando à fogueira como única forma possível de contribuir e superar sua condição.

não.

3 comentários:

disse...

Crise.

Bjo

Anônimo disse...

cada um tem o que merece. hoho

Marco Bonachela disse...

"sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão...". Maneco chegou e ficou.