quinta-feira, 15 de julho de 2010

Delírio

Da noite de ontem pra hoje, como tem sido recorrente nos últimos meses, dormi uma vez, acordei, estudei duas horas e dormi de novo. Ritmo bem doido, eu sei. Contudo, o que importa aqui não são as recomendações para uma noite feliz e agradável, mas os sonhos no brain. Assim, na primeira parte, eu estava em casa, de madrugada, sozinho, assistindo na televisão um programa de auditório apresentado pela Xuxa, cujo plot era uma disputa de dança contemporânea entre Hebe e Ana Maria Braga: a segunda usava uma roupa meio sadomaso e caía no chão várias vezes - as paredes estremeciam com aquela risada terror dela - a primeira, por sua vez, ficava fazendo umas caras estranhas, faltava ar, babava e nem sempre a câmera conseguia disfaçar quando a centenária precisava acionar a assistência médica. Não lembro quem ganhava, só sei que, quando a Xuxa pedia pra platéia bater palmas, a Hebe torcia pela adversária de uma forma completamente lunática - algo mais na linha Samuel Fuller (Paixões que Alucinam) que Milos Forman (Um Estranho no Ninho). Daí acordei, terminei de ler um artigo no googlebooks, lavei os pratos, joguei fora o que tava estragado na geladeira, copiei uns filmes, estudei mais um pouquinho e dormi novamente. Sonhei que uma amiga, e vale ressaltar que ela nem mora mais em Recife, decidia porque decidia comemorar seu aniversário num bordel do centro, daqueles que ganham na revista Veja, sem ser em época de eleição, o prêmio de lugar mais decadente da cidade. Só que ela esquecia de visitar o lugar antes, sondar a realidade, sequer comunicava ao dono sobre a realização da festa, daí os amigos começavam a chegar com suas roupinhas de marca e rolava o choque de ambos os lados: habitués e forasteiros pareciam disputar cada metro quadrado com o olhar. Obviamente a desconfiança só durava poucos minutos, logo na sequência tinha menina, cafuçu, bicha e grilo dançando no queijinho, novos melhores amigos cantando no karaokê, um mar de cervejas, cachaça de cortersia, gente de ambos os lados compartilhando todo tipo de conversa e mesa. Derby era bóia e ninguém negava. Tava uma vibe desesperada todo mundo querendo ser puta e esse meio que virou o tema da festa. Só que aí, de repente, rolava um sumiço generalizado, inclusive da aniversariante, óbvio, e eu ficava doido com a conta na mão andando de um lado para o outro na calçada do bordel. Quem terminava pagando era a minha mãe que surgia Deus sabe de onde pra me salvar. R$ 80. Acordei só pensando numa coisa: ainda bem que a cerveja era barata.

2 comentários:

palmer disse...

HAHAHAHAH

Eu podia xingar teu subconsciente, mas pra que, né? Taaaaaaaaaaaaaaaaão a minha cara isso... ahahhahahahhaha

jubs disse...

de puta e doido todo mundo tem um pouco ;)